domingo, 4 de novembro de 2012



Violão Egmond - Revitalização da pintura, restauração da tarraxa, limpeza e hidratação da escala, limpeza geral.


Há pouco tempo eu consertei um violão Gallotone, que foi o primeiro violão de John Lennon, agora o meu cliente apareceu por aqui com  um violão holandês Egmond, mesmo modelo que foi o primeiro violão de George Harrison. Este modelo foi o mais barato produzido pela Egmond, mas por causa de George Harrison, se tornou o instrumento mais famoso desta fábrica, e até hoje é muito desejado pelos fãs dos Beatles.
A história do Egmond de Harrison foi assim : quando ele era criança ficou sabendo que um garoto da escola havia comprado um violão por três libras e dez xelins e já influenciado pelas músicas de Elvis Presley, ele foi imediatamente pedir essa quantia para sua mãe, e em seguida o pai de Harrison lhe comprou um violão Egmond por 3,5 libras para que um amigo da família o Sr. Len Houghton, lhe ensinasse a tocar. 
Nessa época Harrison estava estudando no Liverpool Institute e formou com seu irmão Peter e o amigo Arthur Kelly, um grupo de Skiffle (estilo de música folk). Foi nessa escola que ele conheceu Paul McCartney, que se tornaria um membro da banda The Quarrymen de John Lennon, a qual Harrison se juntaria em 1958 e formariam a banda mais famosa de todos os tempos: The Beatles.

O meu cliente optou por uma restauração que não agredisse a originalidade do instrumento, por isso fiz uma revitalização da pintura, preservando ao máximo todas as peças e a pintura, a revitalização não cobre todos os defeitos, mas melhora muito a aparência, sem necessitar de nova pintura ou envernizamento.



Havia um adesivo muito grudado no cordal e oxidação próximo as cordas.

Muitas falhas na pintura.

Desculpe por essas fotos embaçadas, mas não vi que elas não estavam boas.

A pintura estava muito danificada.

Faltava uma marcação que cobria este parafuso.

Uma das tarraxas estava faltando e faltavam as peças de acabamento dos furos das tarraxas.

E a letra "E" da marca estava borrada.


O braço era o que estava melhor.


O fundo também tinha muitos problemas na pintura.



O interessante neste instrumento é que seu braço é preso por um parafuso e uma mola controla a inclinação do braço, como os tirantes atuais.

O parafuso que une o braço ao corpo.


Nesta parte vemos o furo do parafuso que prende a escala ao tampo.

Internamente este instrumento não tem travessas no fundo, só no tampo.

Os parafusos da parte interna, que seguram o parafuso do braço.

Além de faltar uma tarraxa , ainda havia uma outra torta.




O cavalete é de plástico.


A ponta da escala estava empenada para cima.

Trastes sendo limpos.

Quando estava presa no violão  a escala ficava alta.

Aqui já havia começado a revitalizar a pintura.


Coloquei uma arruela para prender melhor o parafuso, isso reduz a chance do parafuso estragar a madeira.



Fiz uma marcação de PVC.

Marcação sendo colocada.

Escala hidratada.

Violão já com a limpeza terminada.

Eu tinha uma tarraxa muito parecida com a do violão, então retirei só o botão plástico.

E coloquei na tarraxa do violão.

Não deu nem para perceber qual é a tarraxa que eu coloquei, mas é a do meio, na parte de baixo.


Cordal limpo.

Cordas colocadas.

Fundo com pintura revitalizada.



Frisos restaurados.

Instrumento pronto.



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